As movimentações de Cavaco Silva para reconciliar os rivais do PS e do PSD "a bem da nação" faz-me lembrar, na velha Roma, César a tentar reconciliar os dois poderosos inimigos Pompeu e Crasso. Com o condimento da ambição, acabaram por se entender os três para formar o primeiro tirunvirato, que acabou numa guerra civil e na ditadura de César.
Inicialmente os três entenderam-se com o objectivo de repartir entre si o poder absoluto sobre o Império, sobre Roma, com os seus cargos e as suas riquezas. Mas foi uma união contra-natura, onde a inveja esteve sempre latente e as traições começaram cedo.
O primeiro a saltar da carroça foi Crasso. Na sua ambição de se apropriar da terra dos Partos, cometeu o proverbial "erro crasso" e acabou num vale estreito com as duas saídas bloqueadas pelo inimigo.
Depois veio a guerra entre César e Pompeu, onde o que contou não foi a quantidade de tropas, mas a qualidade da estratégia.
Se Cavaco me lembra César, Crasso só poderia ser Sócrates, "cercado" por duas investigações policiais, em Portugal e em Inglaterra. Pouco importa se era Crasso que tinha o maior poderio para dominar em Roma. Quem ficou com tudo foi o tio Júlio, César ele mesmo, o conquistador das Gálias. Como homenagem até deram o seu nome ao mês de Julho, que antes se chamava Quintilis.
sábado, 9 de maio de 2009
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