Notícias de Ourém, 21 de Maio de 2009
Há gente assim. Gente inquieta, cheia de uma certa dinâmica modernaça, que não lhe permite ficar muito tempo no mesmo lugar. Sobretudo quando se trata de trabalhar. Claro que a mobilidade dá imenso currículo, só não dá é experiência em coisa nenhuma. Mas isso é irrelevante.
No admirável mundo da educação, são já lendários aqueles professores que deitam mão a tudo o que aparece para conseguir não dar aulas. Ocupados nos sindicatos, por exemplo, pode ainda haver idealistas, mas há sobretudo os práticos. Ganha-se o ordenadito e o trabalho nunca aperta. Como são todos camaradas, há sempre imenso tempo livre. Ainda melhor do que um sindicato, só mesmo um cargozito de nomeação, bem remunerado, poucas responsabilidades, algumas mordomias. Basta conhecer as pessoas certas.
Se a estrelinha da sorte perde um pouco o lustro e os meninos têm de voltar a trabalhar (só um bocadinho, porque gente delicada cansa-se depressa), há que voltar a pôr-se a jeito a ver se pinga mais alguma migalhita.
No fundo é todo um mesmo esquema que põe às portas das Câmaras e delegações dos partidos uma fila de jovens promissores de mão estendida. De mão estendida, entenda-se, para cumprimentar o senhor presidente e não para pedir seja o que for. Meu Deus!
No mundo pragmático da educação há agora sinais de que se irá também por esse caminho. E numa época de crise, em que o tachito já está todo tão rapado, não falta quem coloque todas as suas qualidades ao serviço do bem comum. Só em direcções de escola ficam disponíveis mais de mil e quinhentos lugares, que se prestam ao lançamento de ricas parcerias, em que algumas pessoas poderão defender muito acertadamente os seus bens comuns.
Veja-se o que aconteceu com o coordenador escolar de Fafe, demitido por não ter demonstrado muito jeito para alinhar na pré-campanha eleitoral. Ou aquela escola de Sintra, onde o derrotado candidato a director não se inibiu de lançar ameaças aos votantes.
Veja-se agora entre nós o que está a acontecer na Freixianda... Afinal não há partidos donos da moralidade.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
Caro colega, nesta sua intervenção venho por este meio expressar o meu desgrado sobre o parágrafo: "No admirável ... Ocupados nos sindicatos ...". Penso que neste momento é uma afimação já muito batida pelos belmiros, presidentes da cip, o da Silva, empresa de imagem da defesa de socrates e outros e por isso quando não se ganha dinheiro a afirmá-la o melhor e só pensá-la. Cumprimentos de Amílcar Borges.
Caro colega, nesta sua intervenção venho por este meio expressar o meu desgrado sobre o parágrafo: "No admirável ... Ocupados nos sindicatos ...". Penso que neste momento é uma afimação já muito batida pelos belmiros, presidentes da cip, o da Silva, empresa de imagem da defesa de socrates e outros e por isso quando não se ganha dinheiro a afirmá-la o melhor e só pensá-la. Cumprimentos de Amílcar Borges.
Amílcar, é muito bem vindo o seu comentário e não escondo que sou sindicalizado desde que "existo" na profissão. Faço, no entanto, questão de distinguir entre sindicalistas por convicção e sindicalistas por conveniência. Se pago todos os meses a minha contribuição é a pensar nos que se entregam com espírito de missão.
É claro que na circunstância presente há uma figura particular que encaixa nas características que eu enunciava no meu texto. Só para ver se alguém se vê retratado no perfil.
Entao, k se passa?
-contemplaçao?
-falta de tempo?
-preguiça?
estou fartinha de ver sp este post, sp k venho visitar este cantinho...vá lá!...ânimo...
cumps
Sobretudo preguiça. Desde que a minha escola foi entregue aos okupas, deu-me cá uma falta de arrojo! Mas aceito o repto e vão duas palavrinhas em breve
Enviar um comentário